Há 39 anos Iracema perdia Albatiza Tavares de Oliveira Guerra
- ailacultatende
- 31 de ago. de 2022
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Albatiza Tavares de Oliveira Guerra (Dona Iza) nasceu em Iracema, no dia 30 de novembro de 1930, filha de João Tavares Magalhães e Otilia Paz de Oliveira. Desde menina já demonstrava ter temperamento forte e insistia na ideia que queria estudar.
Aos nove anos foi para Fortaleza em companhia de dona Enedina Magalhães, estudou no colégio das Dorotéias, onde habilitou-se no Magistério e lá permaneceu até concluir o Curso Normal.
Altiva e dinâmica nunca desistiu dos seus ideais e, ao regressar à sua terra natal dedicou-se à educação de crianças, jovens e adultos. No dia 22 de junho de 1945 foi nomeada para exercer interinamente o cargo de professora ruralista, padrão G, na sede do município, onde lecionou por vários anos.
Aos 30 anos casou com Francisco de Almeida Guerra e gerou dois filhos Giovanna Maria Tavares Guerra e João Tavares Magalhães Neto. Sempre atuante participou do desenvolvimento da cidade buscando soluções para que o ensino fosse prioridade para todos os iracemenses.

Professora competente, logo se destacou por seu espírito de liderança. Ocupou cargo de chefia dentro dos estabelecimentos educacionais onde trabalhou, foi uma grande batalhadora na fundação do Centro Educacional Moura Brasil, tendo lá lecionado de 1961 a 1964 como uma professora voluntária lecionando várias disciplinas.
Exerceu a função de diretora do Centro Educacional Moura Brasil em 1969 permanecendo até sua partida em 31 de agosto de 1983, portanto, fez parte deste estabelecimento de ensino por 22 anos, lutando em prol do desenvolvimento estudantil da sua amada terra. Foi ainda vice-diretora da Escola de 1° Grau Enéas Olímpio da Silva.
Estava sempre presente em tudo que se relacionava com Iracema, sempre estampando um sorriso autêntico e feliz, se empenhava de corpo e alma em toda festividade cívica, cultural e social relacionada com as entidades educacionais.
Sua trajetória foi curta mais marcante, conduziu com eficiência tudo o que se propôs a fazer, não existiu obstáculos que não o superasse. Nem mesmo o vendaval que destruiu a cidade em dezembro de 1979, foi capaz de parar e sucumbir seus interesses. Lutou bravamente com ajuda de seus amigos e políticos influentes e reergueu a escola sem prejudicar o ano letivo dos alunos.

Era determinada, destemida e opiniosa mais ao mesmo tempo caridosa e preocupada com o bem comum de seus familiares e amigos. Conduzia sua família, alunos e funcionários com disciplina e rigor, mais sabia elogiar e dar a cada um o mérito merecido, seu grande lema foi o “conhecimento é seu bem mais precioso e não pode ser privilegio para alguns, mais de todos”. Faleceu vítima de um câncer há 39 anos, mas deixou para os filhos, familiares e amigos o seu exemplo e a mensagem de que quem ama o que faz e o que tem cuida, e não desiste nunca.
No ano de 2007 foi homenageada como Patronesse da cadeira nº 18 da Academia Iracemense de Letras e Artes (AILA), que tem como ocupante o acadêmico Jânio Charle da Silva, autor deste texto.
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