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Das grandezas às pequenezas

  • ailacultatende
  • 5 de fev. de 2023
  • 3 min de leitura

Por Vinícius Campelo Pontes Grangeiro Urbano

Ocupante da Cadeira nº 12 da AILA.



A magnitude da grandeza é compreender a pequeneza desta. Saber-se pequeno e grande é um caminho de apostas diante o que se busca ser. Se consagrar com um mundo em mudança e ter apetite por esse. Fome deste, fome por estar e fermentar encontros felizes com este. Desejo por fomentar, estar, viver, momentos felizes com este.

Cada encontro é um acontecimento preciso de mudanças. Até o menor como a mítica da maçã, que cai na cabeça e desperta para formulações de leis físicas, ou quem sabe a pedra que se tropeça e dela se cria poemas.

Articular com o mundo e se compreender nessa eterna transformação ao lado deste, não como seu senhor, mas sim como seu amigo e educando. Que se esforça para escutar cada uma de suas melodias de saberes para extrair o máximo dali, porque sabe, que no fim das contas, é disto que procede um viver belo. Um viver que escuta o mundo, o cosmos, as pessoas, a natureza. Um viver que acumula a riqueza das boas histórias, que se dirige para o âmbito dos encontros que ampliam o desejo por viver mais, por participar mais com o mundo.

Um viver que é grande na sua pequeneza de se admirar uma nuvem e pensar que aquile é o momento mais pleno, pois se estar vivo, e se estar sob um céu com belas nuvens.

Um viver que acontece junto a este mundo, e não sobre promessas de mundo que nunca vem. Um acontecimento feliz de encontrar o paraíso que reside aqui, o paraíso do rosto feliz dos que estão próximos. O paraíso do canto dos pássaros que se anunciam vivos todas as manhãs, o paraíso do sol que arde e vibra a vida neste minúsculo e gigantesco planeta água.

Saber escutar as pequenezas grandes destes encontros é se deitar sobre micro instantes de descansos de alma. Não se prender sobre pedras que já rolaram e fazer um esforço de imaginar que poderia ser diferente, não. É na escuta do presente que se apreende a pedra como experiência e não como martírio.

Entender a pequenezas de saber-se não todo. Saber-se em uma liberdade que não é toda e que sempre fugirá algo, que nos convida a participar a um modo que nem percebemos.

Assim, vai se traçando uma magnitude da grandeza daquele e aquela que se reconhece pequeno. Vai se recitando, quase como uma oração, as frases musicadas de Lekinnn:


"Peça pra ela

Um pouco de carinho

Eu acho que ela vai te dar

Menino

Faça o jogo da sua cabeça

Mas não se esqueça

Que a questão não é querer ser grande

É saber que é pequeno

Mas muito importante

Que o quebra cabeça

Precisa de todas as peças

E tem de ser montado o quanto antes

Há também a possibilidade

De não ter uma peça

No primeiro instante

Mas não perca a fé

Há coisas que não vemos sem tomar um café

Use a cabeça

E se possível não se esqueça

Que a questão não é querer ser grande

É saber que é pequeno

Mas muito importante

Que o quebra cabeça

Precisa de todas as peças

E tem de ser montado o quanto antes"

Ser montado o quantos antes, como quem olha a vida e tem sede dela. Ir aos campos não esperando flores, mas apenas em ir aos campos. Apostar em acontecimentos felizes não é renunciar o real que nos foge, mas aceitar o real que nos foge, escutar o que dele nos deixa triste, e retirar as peças do quebra cabeça.

O compasso da eterna novidade da vida e seus encantos e o gosto bom de se saber pequeno e grande nessa Odisséia do viver.

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