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AILA completa 17 anos reformulada, mas ainda em busca de reafirmação no cenário cultural de Iracema

  • ailacultatende
  • 14 de nov. de 2024
  • 3 min de leitura

Por Francisco CAIO CÉSAR Urbano MUNIZ

Presidente da AILA, ocupante da Cadeira nº 21. 


A Academia Iracemense de Letras e Artes (AILA), nasceu de um sonho meu, no auge dos meus 13 aos 18 anos, lá nos distantes anos entre 1995 a 1999 quando eu e minha família morávamos ainda em Porto Velho/RO. Naquele confim de mundo, meu maior medo na época era não voltar mais pra casa, rever meus amigos e demais familiares e cada rua de nossa cidade. Acredito que este sentimento acomete muitos de nossos conterrâneos espalhados pelo mundo.

Mas, em minha cabeça sempre em ebulição, reunir as “melhores cabeças” de Iracema em torno de um objetivo comum seria algo muito valioso, principalmente para a nossa juventude, tão sem perspectiva e muitos perdidos entre o álcool e outras drogas. E vejam que naquele tempo isto nem era tão presente como nos dias atuais.

Fiz uma relação de nomes. Pessoas que eu tinha (e ainda tenho) na melhor conta. Gente que eu sei traria grande contribuição a qualquer agrupamento cultural.

No meu retorno, em 1991/92, quase que passei direto para Mossoró, onde até hoje resido. Não trazia uma cachorra amarrada pelo rabo, porque não tinha a cachorra. Mossoró me deu tudo aquilo que fui procurar tão longe. Realizei nas terras potiguares todos os meus sonhos.

Em um destes retornos, busquei Jânio Charle, um dos primeiros daquela minha lista construída nas terras de Rondon. A ele, sempre próximo das gestões e das questões culturais, coube organizar o grupo, indicar outros nomes e conduzir a criação da Academia.

Em 15 de novembro de 2007, ela enfim nasceu. Não como a conhecemos hoje, mas como um coletivo, ou seja, um grupo sem constituição jurídica, mas muito vivaz, ali estavam nomes da minha lista e outros que eu não havia pensado. Estava criada a AILA.

Do meu canto, acompanhei os seus passos e os meus, aqui na terra de Santa Luzia, me levavam para preocupações que quase se alinhavam com os rumos da Academia. Era preciso torná-la instituição formal, jurídica, oficial.

Como dizia o meu patrono, o professor e editor Vingt-un (Vantan) Rosado, “fazer cultura neste país é coisa de doido”. Ele estava certo. Então, é preciso que algum maluco se disponha a “perder” tempo se dedicando ao bem cultural, seja ele qual for, para que ele progrida. Sem isto, dificilmente ele sobreviverá dos restos de tempo, do “quando der eu faço”.

Perdemos figuras ilustres ao longo do caminho, todos eles (e elas) de grande importância. Alguns levados pela roda-viva da vida, outros, pelos seus afazeres diversos e outros pelos mais variados motivos. Só nos restando respeitar o tempo e as coisas.

Há pouco tempo registramos finalmente a Academia, fruto de projetos culturais desenvolvidos e aprovados pelas leis de incentivo do país. Para Iracema já trouxemos nomes importantes da poesia e da música nordestina, como Antonio Francisco, Genildo Costa e Geová Costa, potiguares.

Realizamos palestras e debates alusivos ao Dia Nacional da Poesia (14 de março), publicamos um encarte onde demos voz a vários poetas locais e homenageamos Flávio Nogueira, poeta iracemense. Criamos nosso site e temos tentado repercutir as nossas ações e notícias diversas da região, quando de interesse comum.      

Com o registro, estamos aptos a concorrer a editais, com o registro, firmamos convênio com a Prefeitura Municipal de Iracema, via prefeito Celso Gomes e temos uma sede provisória. Lutamos por um espaço próprio e definitivo, já há conversas em andamento em várias esferas. Criamos uma biblioteca e pretendemos abrir um mini-museu, enfim, a AILA VIVE!

Chegamos a estes 17 anos com a Academia reformulada, com muitos nomes novos, muitos jovens e muita vontade de seguir. Ainda há muito por fazer, ainda é preciso sair dos intramuros da nossa sede física, ganhar às ruas, mostrar a cara e ganhar o reconhecimento público da nossa existência.

A AILA existe e resiste, o propósito inicial está sendo cumprido. Vislumbro grandes feitos, não desanimo nunca. Se Vingt-un estava certo de que só malucos podem cuidar das coisas da cultura deste país, ele também sabia que só gente como ele e eu somos capazes de fazer isto, porque vivemos isto com tanta intensidade que é difícil distinguir a loucura do real. Para nós tudo real e loucura e é pra isto que vivemos.

VIDA LONGA A AILA!

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